5 lições da pandemia: o que estamos aprendendo com o coronavírus e como podemos fazer uma educação melhor?
O coronavírus afetou a humanidade drasticamente durante todo o ano de 2020. Em algum momento precisaremos olhar para o futuro, como podemos começar hoje a construir uma educação mais preparada para os futuros desafios?
"A educação hoje não está relacionada aos parâmetros de espaço e tempo" é o que acredita o americano Salman Khan, de 43 anos, que está revolucionando o mundo através da educação global e digital. Ele também acredita, que as pessoas só precisam saber de uma coisa: elas podem aprender tudo e nós da Estuda.com concordamos com cada uma das afirmações.
Acreditamos que é hora de voltar os olhos para a educação e aprender as lições que a pandemia tem nos ensinado para construir uma educação cada vez melhor e mais alinhada com os tempos atuais. É hora de transformar juntos, e você professor é a peça chave nessa mudança. Confira algumas lições que estamos aprendendo com tudo isso:
1 - Estamos aprendendo que precisamos aprender.
A primeira lição que fica é que devemos aprender a nos preparar para as eventualidades e para as coisas que os cientistas dizem que acontecerão em 10, 20 ou 100 anos. O coronavírus foi previsto e alertado por muito tempo antes de se tornar realidade, bastava que a sociedade e os governantes tivessem ouvido e se preparado para lidar com a situação.
Vários países da Ásia lidaram melhor com a covid-19 porque já haviam passado pela Sars (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e Mers (Síndrome Respiratória do Oriente Médio) e, portanto, se preparado para a pandemia seguinte. Aprender constantemente é mandatório daqui para frente.
O covid-19 também mostrou que a tecnologia traz oportunidades de ganhar e riscos. E pessoas que não têm acesso à tecnologia correm o risco de ficar cada vez mais para trás. Essa desigualdade deve ser reparada urgentemente para que o mundo possa prosperar novamente.
2 - Aprendemos que novas habilidades precisam de diferentes tempos para acontecer.
Antes de mais nada aprendemos que precisamos permitir que as pessoas aprendam no seu próprio ritmo. Aprender mais devagar não significa que o aluno não seja inteligente; existem muitas pessoas que aprendem mais devagar porque querem aprender mais profundamente. O conhecimento é construído de maneira distinta para diferentes pessoas e querer robotizar é um erro.
Também ficou claro que existem várias maneiras de adquirir as habilidades necessárias hoje: há alunos que precisarão frequentar a sala de aula, outros que poderão aprender online e um terceiro grupo cuja aprendizagem misturará esses dois elementos. As escolas e educadores precisam estar abertos e dispostos a desenvolver metodologias compatíveis ao novo modelo.
3 - Aprendemos que precisamos encarar os desafios.
Precisamos criar formas de alcançar todos os estudantes, motivá-los e desenvolver professores para lidar com os novos formatos. A exclusão digital é um dos nossos principais desafios atuais e a sociedade, governo e organizações como um todo precisam unir forças para dissolver essas diferenças.
A pandemia de covid-19 nos ensinou claramente que, para estudar à distância, o acesso à internet é vital. Também são necessários recursos, como equipamentos e dispositivos, por meio dos quais o aluno poderá aprender. As famílias devem, ante de mais nada estar conectadas à nova economia global e isso requer um esforço que parte das grandes engrenagens do mundo moderno: empresas, indústrias e principalmente governos.
O outro grande desafio da educação é combinar as capacidades de ensino com as habilidades que os alunos realmente precisam aprender hoje. As salas de aula não fazem mais sentido se usadas apenas como grandes auditórios, é importante que as transformemos em espaços para otimizar o relacionamento humano, promovendo o contato interpessoal e, construindo o conhecimento de maneira aberta, colaborativa e compartilhada.
4- Aprendemos que um bom professor é mais importante que qualquer tecnologia.
Professores têm paixão pelo conhecimento e pelos alunos e isso automatização nenhuma é capaz de gerar. É exatamente isso que faz a educação acontecer e é exatamente isso que precisamos cultivar, apoiar e desenvolver.
Cada matéria ensinada, em diferentes meios (presenciais ou virtuais) pode ser verdadeiramente fascinante e quando um professor tem paixão, quando vê beleza na matéria, quando sabe sobre ela e gosta de compartilhar. Os alunos sentem isso e se engajam em aprender. É contagiante.
Sem a rigidez da ementa curricular e sem a preocupação com formatos, avaliações, e regras antiquadas o professor é capaz de se conectar com os seus alunos de maneira genuína e esse é um dos maiores legados que essa transformação na educação tão repentina vai nos deixar.
5 - Aprendemos que precisamos de uma educação global, aberta e inclusiva.
Só isso é capaz de levar a humanidade para um próximo patamar. Um contexto em que cada um seja capaz de desenvolver o seu potencial. Atualmente precisamos voltar nossos olhos para soluções globais: economia global,educação global, sistemas de saúde globais. Mas para fazer isso, primeiro é necessário combater a desigualdade e a exclusão social.
Com um modelo educacional global podemos construir mais estabilidade social, e mais diversidade, quando temos mais pessoas participando, temos uma sociedade mais sincronizada.
Com uma educação aberta e acessível, a pesquisa contra o câncer pode ser multiplicada e enriquecida, o conhecimento do mundo todo pode andar junto. Soluções incríveis podem nascer quando o conhecimento não é mantido apenas em posse de alguns.
Apesar das grandes e repentinas mudanças que a pandemia nos trouxe é importante lembrar que muitas soluções para o futuro estão sendo construídas hoje e basta nos mantermos abertos, seguros e informados para que possamos não só presencia-las, como também ajudar a construí-las.
Continue lendo nosso blog e vamos juntos fazer uma educação mais inclusiva.
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