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Acesse GrátisA Finlândia está revolucionando o que conhecemos sobre educação. Conheça mais sobre o modelo do país.
Você certamente já ouviu falar que a educação da Finlândia, que está entre umas das melhores do mundo. Mas, você sabe o porque? Neste artigo mostramos algumas diferenças entre a educação do país e a brasileira. Acompanhe.

Como se não bastasse a Finlândia já ser um país reconhecido pelo seu sistema educacional, que é considerado um dos melhores do mundo. O país está preparando uma mudança grandiosa para aumentar ainda mais a qualidade de suas escolas.
Conhecido como “phenomenon learning” o método educativo do país começou a ser aplicado em 2016 e pretende entrar em vigor total até o final deste ano letivo. Neste método, as aulas tradicionais são substituídas por projetos temáticos nos quais os alunos se apropriam do processo de aprendizagem. O conhecimento também não é dividido em matérias, e sim em projetos. Assim o estudante tem um papel ativo na sua própria educação e participa desde o planejamento do tema de estudo até a própria avaliação, isso claro, sem deixar de lado o processo de pesquisa, revisão, elaboração de novas teorias e ensino-aprendizagem.
Para a Finlândia, mais importante que notas e avaliações é a capacidade de olhar os mesmos problemas a partir de perspectivas diferentes e usando ferramentas diferentes para propor novas soluções.
Mas, na prática como esse método funciona?
A diferença começa na cultura
A educação é uma parte essencial da cultura desde a pré-escola até a fase adulta. As crianças na Finlândia só começam os estudos formais quando fazem sete anos de idade, mas é comum que os pais os matriculam bem antes em algum tipo de escolinha. Inclusive, uma opção cada vez mais popular para crianças menores de sete anos é o que os finlandeses chamam de “forest schools”. Os alunos passam 95% do tempo ao ar livre, na natureza, explorando, brincando e aprendendo sobre o mundo ao seu redor.
O ensino fundamental e médio não são tão rígidos na Finlândia como na grande maioria dos países, mas começar a ter contato com o ensino desde cedo é um passo importante para eles.
Na outra ponta, muitos adultos continuam a aprender durante a vida inteira, mesmo após a conclusão dos anos obrigatórios, em cursos noturnos ou aos finais de semana. Há apenas nove anos de escolaridade obrigatória na Finlândia. Depois do nono ano ou os 16 anos de idade, os estudos são opcionais. Porém, a maioria das pessoas escolhem continuar estudando apenas pelo amor ao conhecimento.
Os alunos contam com uma experiência colaborativa
Os alunos escolhem um tema de seu interesse e planejam o desenvolvimento deste assunto com os professores. Simples assim.
Por exemplo, numa votação realizada em sala de aula, os alunos da quarta série decidiram com o professor que gostariam de estudar sobre os smartphones. Dentro desse assunto, foram abordados tópicos sobre a história do desenvolvimento da telefonia, matemática e estatística.
O tema ainda abriu espaço para um debate social, para saber quais as razões que levam as pessoas a usarem tantos os telefones nos dias de hoje e na parte literária, ainda houve uma produção de conteúdo sobre como as mensagens de texto mudaram a forma de escrever.
Como a ideia vem dos alunos, existe sempre uma conexão imediata com o tema, o que gera bastante engajamento.
Professores como agentes da transformação
O "phenomenon learning" começou sendo introduzido gradativamente nas escolas do país. Primeiro, era obrigatório que a escola tivesse pelo menos um período durante o ano escolar usando o método (geralmente algumas semanas), mas com o tempo o e com o interesse dos alunos, o método tradicional foi normalmente tornando-se cada vez menos necessário e o país finalmente sente-se pronto para fazer a mudança completa.
É importante saber que essas mudanças começaram com os professores que de imediato perderam o controle sobre o conteúdo e aprenderam a trabalhar de forma colaborativa com os alunos e outros educadores.
O país investe pesado em capacitação e treinamento pois acredita que agora o papel do professor é ainda mais importante do que no sistema tradicional, afinal, eles precisam ser mais abrangentes, mais sociáveis e até mesmo inspiradores para os alunos. O país é mesmo muito exigente em relação à formação de seus professores. Todos devem ter um mestrado antes de poder começar a lecionar e os cursos de treinamento para docentes são alguns dos mais rigorosos e seletivos do mundo.
Responsabilidade na aplicação do método
Nem só de elogios vive o método empregado pela Finlândia, alguns estudiosos da Universidade de Cambridge afirmam temer que outros países tenham as lições erradas a partir da experiência educacional positiva da Finlândia.
Afinal, o sistema educacional finlandês teve seu melhor momento há alguns anos atrás, quando o país obteve os melhores resultados em avaliações internacionais. Mas, desde então a sua evolução é linear e registra ainda alguns momentos de queda. Funcionários do setor de educação de várias partes do mundo começaram atribuem essa estabilização nos dados, devida a ampla liberdade dos alunos e também ao fato de que eles não necessitam fazer provas a cada ano para mudar de série, logo estavam desabituados a ela e às vezes até mesmo desnivelados em sua base de conhecimento.
Para o país isso não interessa tanto, afinal eles não valorizam a educação competitiva e sim colaborativa, mas para os índices internacionais, o método tem gerado certos questionamentos.
O fato é que o objetivo da Finlândia em relação a educação é bem claro. O país tem como prioridade questões básicas como:
A educação deve ser um instrumento para equilibrar a desigualdade social;
Refeições escolares gratuitas;
Facilidade de acesso aos cuidados da saúde;
Aconselhamento psicológico;
Orientação individual.
E é de suma importância ter isso em mente antes de comparar a educação desse país com a de qualquer outro. Afinal, os índices de avaliação são completamente diferentes dos padrões tradicionais.
E para finalizar tudo isso, o país oferece educação superior gratuita para todos os seus alunos. Mas, isso não significa que ela é obrigatória ou até mesmo supervalorizada. Existe uma flexibilização na fase adulta e o estudante é incentivado a testar o maior número de caminhos antes de finalmente optar por uma carreira.
Gostou de conhecer o método de educação da Finlândia? Continue nos acompanhando e esteja sempre por dentro das tendências educacionais do Brasil e do mundo.

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