O poder do hábito: ajude seus alunos a cultivá-lo
Ter bons hábitos bem consolidados muda vidas. Confira algumas dicas de como ajudar seus alunos a entenderem mais sobre seus hábitos e optarem pelos melhores.
Você já deve ter lido ou pelo menos ouvido falar sobre o Livro de Charles Duhigg chamado “O poder do Hábito”. Trata-se de um jornalista norte-americano, que dedicou- se a estudar os hábitos e decidiu publicar suas descobertas no, agora Best Seller, o “Poder do hábito”, livro em que ensina técnicas de como controlar seus hábitos e até mesmo mudá-los completamente.
Charles explica que a consciência humana é criada com a nossa capacidade de refletir, ponderar e escolher e que essa é também a nossa maior conquista evolutiva. Mas, em contraponto, nosso cérebro também é capaz de operar no “piloto automático” realizando comportamentos complexos sem nenhum pensamento consciente e conseguir colocar tudo o que você deseja realizar nessa área de funcionamento mental pode fazer uma diferença crucial na conquista dos nossos objetivos.
A prova disso é que tarefas que parecem complexas como: aprender a tocar um instrumento ou falar uma língua estrangeira, tornam-se simples depois que pegamos a prática. É exatamente a prática que nos leva ao hábito, que por sua vez, é definido como uma ação que se repete com frequência ou regularidade.
Pensando nisso, criamos uma série de dicas que podem auxiliar você a ajudar seus alunos a cultivar bons hábitos de estudo. Continue acompanhando!
1. Entenda como funciona um hábito.
Resumidamente, de acordo com o livro citado, um hábito se forma a partir de três elementos:
Gatilho: o estímulo que te faz tomar a ação.
Por exemplo: se chegar ao cinema te faz querer comer pipoca, o cinema é um gatilho para comer pipoca;
Rotina: o ato em si, a atividade. Essa atividade pode ser física, intelectual ou emocional;
Recompensa: o que você ganha depois da ação. Pode ser uma sensação boa após fazer uma atividade física, por exemplo.
A recompensa fará com que você continue fazendo essa atividade, aumentando a sua frequência.
Sabendo disso, precisamos fazer uma profunda reflexão sobre o que são nossos gatilhos e recompensas sobre hábitos diários e assim podemos descobrir melhor o que funciona para cada um de nós. No caso dos alunos, fica bastante fácil entender que tipo de gatilho os leva a cumprir os afazeres, e que tipo de recompensas fazem com que eles se engajem mais: por exemplo, alguns pontos na média ou intervalos maiores entre as aulas.
2. Ensine aos seus alunos os 3 passos para construir o hábito de estudar
Sabendo como os hábitos funcionam, você como educador pode propor uma atividade para que os próprios alunos planejem sua mudança de hábito. Ensine-os sobre estes termos e ajude na elaboração de um plano de ação.
Gatilho
Seguindo o modelo do Duhigg, o aluno precisa de um gatilho para criar o hábito de estudar.
Ele pode ser, por exemplo, um ambiente propício, como o quarto organizado, com material para estudo, luz adequada e silêncio. Pode ainda ser uma prova que se aproxima ou até mesmo a curiosidade sobre um novo assunto.
É importante que o aluno estipule um horário para os estudos, inserindo-o em sua rotina. Dê preferência, incentive para que ele não estude na sua cama e nem através do celular, porque esses objetos já são intuitivamente relacionados a descanso e lazer. É importante ter um local para associar ao estudo.
Assim, toda vez que estiver na escrivaninha ou em uma mesa de biblioteca, por exemplo, o cérebro do aluno saberá que ali é um local para estudo.
Recompensa
A recompensa é o que faz com que o hábito se torne mais frequente. Ela pode ser um sentimento de dever cumprido até um docinho que o aluno recebe no final da aula. As explicações para esse ponto são puramente científicas, já que o nosso corpo recebe uma carga hormonal de dopamina ou serotonina todas as vezes que adotamos o sistema de recompensa. Uma sensação boa e saudável que cria certa dependência neurológica e pode ser usada em favor dos estudos.
Não é preciso complicar, notas boas, feedbacks positivos e superação em simulados já garantem ótimas recompensas aos alunos. Você pode também que eles façam algo divertido ou que amam fazer em sala de aula, como assistir um episódio da série do momento após cumprir as metas do plano de estudo!
Repetição
Quanto mais repetimos a mesma sequência de: ter um gatilho, realizar a tarefa e ter uma recompensa, mais automático o hábito se transforma. O gatilho e a recompensa ficam muito ligados a ponto de criarmos antecipação e desejo. Uma dica importante é começar aos poucos e ir aumentando a frequência e tempo de repetição de forma a empurrar os alunos sempre para o próximo passo.
Em pouco tempo eles estarão ansiosos pela sua aula, ou pela tarefa extra passada em sala de aula, já que se sentirão completos com a sensação positiva que o estudo traz para seu dia a dia.
3. Entenda que o poder de mudar um hábito depende da vontade própria, mas que também é mais fácil mudar em grupo.
Não adianta tentar mudar um hábito ruim na vida do próximo. Pode parecer papo de autoajuda, mas é neurociência. O cérebro precisa de recompensa, então ele deve acreditar que determinada mudança desencadeará algo positivo e essa é uma porta que só abre por dentro. Portanto ensinar os alunos sobre o processo de mudança é o máximo que você pode fazer, a partir deste ponto o caminho passa a ser de cada um.
Ao mesmo tempo, é importante saber que é mais fácil mudar em grupo e justamente por isso, aprender esse processo ainda na escola pode ser super importante.
“Há algo de poderoso em grupos e experiências compartilhadas. As pessoas talvez sejam céticas sobre sua capacidade de mudar se estiverem por conta própria, porém um grupo pode convencê-las a suspender a descrença. Quando as pessoas se juntam a grupos em que a mudança parece possível, o potencial para que ela ocorra se torna mais real.” diz Charles Duhigg.
Hábitos mudam vidas. O próprio autor relata em seu livro que uma vez que as pessoas aprendiam a acreditar em suas próprias transformações, essa habilidade começava a transbordar para outras partes de suas vidas, até que elas começavam a acreditar serem capazes de mudar tudo o que se propusessem.
Já imaginou ter todos os seus alunos acreditando que são sim capazes de aprender o conteúdo facilmente? Um paraíso, não?
Acredite. Você só precisa respeitar o ritmo de cada um e mantê-los entusiasmados durante todo o processo. Talvez o primeiro passo seja justamente criar um trabalho em grupo sobre o Livro “ O poder do Hábito”.
Gosto do que leu? Outras dicas tão legais estão te esperando em nosso blog. Compartilhe com os seus colegas.
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