Linguagem neutra: vamos entender um pouco mais sua importância para aplicar em sala de aula?
A linguagem neutra de gênero visa uma comunicação mais inclusiva, respeitosa e abrangente. Enxergando o mundo além do binarismo masculino-feminino e garantindo muito mais acolhimento aos seus alunos.
Nós sabemos que lidar com questões de gênero têm se tornado cada vez mais difícil em sala de aula. Mas, também é fato que a sociedade vem superando barreiras antes inquestionáveis e criando novos e inclusivos códigos de conduta que você como educador deve estar consciente. Justamente por isso é super importante começar a refletir sobre como adotar uma linguagem mais inclusiva em suas aulas pode transformar vidas. Mas, como colocar em prática? Continue lendo e confira.
Desenvolvimento:
O que é linguagem neutra de gênero e porque usar?
A linguagem neutra de gênero é a linguagem que busca incluir pessoas além do binarismo de gêneros tradicionalmente aceitos pela sociedade (masculino e feminino). É sabido que existem mais de apenas dois gêneros na sociedade, além disso, segundo a OMS, o gênero tem implicações para a saúde ao longo da vida de uma pessoa em termos de normas, papéis e relações.
Ele influencia os comportamentos e busca pela saúde de uma pessoa, também tem relação com a exposição a riscos desnecessários à saúde, vulnerabilidade a doenças. O gênero molda a experiência de todos os cuidados do ser humano consigo mesmo e com a sociedade que o cerca. Portanto, para colaborar com a qualidade de vida de todos os seus alunos sem exclusão é importante entender que a linguagem importa sim e que incluir é sempre a melhor forma não só de educar, mas também de ajudar no desenvolvimento de cada aluno.
A língua portuguesa, assim como outras várias línguas, é tradicionalmente excludente na questão de gênero. Sempre que estamos falando sobre um sujeito de maneira geral, nossa norma culta pede para que a palavra seja usada no masculino. Mas, isso não é o único problema: flexionar os adjetivos e substantivos para os gêneros masculino e feminino não é suficiente, pois existem muitas pessoas que não se identificam nem com o masculino, nem com o feminino. Então como incluí-las no discurso?
Não existem diretrizes definitivas mas existem algumas dicas:
1 - Não existem diretrizes definitivas no uso da linguagem neutra de gênero, mas é importante saber que ao usar “X” ou “@”, você não está abarcando um grande espectro de variedades. Além do mais, o uso desses caracteres também exclui. Pessoas com dislexia têm maior dificuldade para ler símbolos e leitores para pessoas cegas não conseguem “entender e traduzir” o que está escrito. Também não é possível pronunciar verbalmente esses caracteres. O que faz com que o emprego desses artigos seja extremamente limitado.
2- Também não é preciso adotar a linguagem em tudo o que você faz. O mais importante é lembrar que o objetivo é adotar uma linguagem neutra de gênero para incluir pessoas. Isso não significa que você pode priorizar o uso sem gênero para todos textos que escreve ou toda frase que diz, quer dizer apenas que seu foco deve estar em gerar inclusão para qualquer um que o leia.
Como você pode fazer isso?
Mantenha atenção para não usar artigos e pronomes sem necessidade. É comum e automático, portanto o melhor jeito de conseguir avanços é manter a atenção na quantidade de “a” e “o”s em seu discurso.
Sempre que possível use artigo ou pronome indefinido. Exemplo: “Algumas tarefas são de responsabilidade do líder.”/ “Algumas tarefas são de responsabilidade da liderança”.
Substitua adjetivos por alternativas neutras. Lembre-se que nossa língua é rica e tudo pode ser substituível.
Use o nome do agrupamento no lugar de sujeitos no plural. Exemplo: equipe de cozinha, no lugar de cozinheiros.
Uma linguagem neutra de gênero é possível. Só precisamos praticar e colocar dentro de nossos hábitos. Olhando de longe, pode não parecer tão importante, mas o impacto positivo que a inclusão gera, com certeza vai fazer toda a diferença na qualidade da educação do futuro próximo. Gostou do texto? Aqui no nosso blog você encontra muito mais dicas para atualizar e turbinar suas aulas. Continue lendo!
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